terça-feira, 31 de maio de 2011

Kirkaldyia deyrolli: Insecto aquático fotografado a comer tartaruga



O animal de 5,8cm de comprimento pertence à família Lethocerinae, ordem Hemiptera e sabia-se que se alimentava de peixes e rãs. O episódio, que ocorreu perto de um arrozal no Centro do Japão, apresenta-se como um caso pouco vulgar em que, em vez de presa de um réptil o insecto é seu predador.

Um cientista japonês relata no mais recente número da revista Entomological Science uma observação fora do vulgar em que um insecto, em vez de ser presa de um réptil, é seu predador.

Com efeito, Shin-ya Ohba assistiu a episódio em que um percevejo aquático gigante denominado Kirkaldyia deyrolli se alimentava de uma tartaruga-de-charco de Reeve numa vala anexa a um arrozal, no Centro do Japão.

O insecto, com 5,8cm de comprimento pertence à subfamília Lethocerinae da Ordem Heteroptera, que pode ser encontrada em lagos e ribeiros de águas lentas na América e na Ásia Oriental, onde se alimenta de pequenos vertebrados como peixes e rãs.

Trata-se de um animal predador que ataca as presas em movimento e que também já foi observado pelo mesmo investigador a ingerir cobras. Apesar de raros o cientistas defende que estes casos fazem questionar a tradicional dinâmica predador-presa de répteis e insectos aquáticos nos meios dulçaquícolas.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cão tornou-se herói na caça a bin Laden

A identidade dos 80 elementos do comando americano que aterrou em Abbottabad, no Paquistão, e matou Osama bin Laden, no domingo, tem sido alvo de muita especulação, mas não tanta quanto a que existe em torno do único elemento de quatro patas, escreve o New York Times. Pouco se sabe sobre aquele que poderá ser o cão mais corajoso dos Estados Unidos. Até a sua raça é alvo de grande interesse, embora deva ser um Pastor Alemão ou um Malinois Belga, adiantam fontes militares.

A utilização de um canídeo naquela operação reflecte o aumento da dependência das forças militares relativamente ao uso de cães na guerra, onde engenhos explosivos improvisados foram responsáveis por dois terços dos incidentes. Os cães têm demonstrado que são muito mais eficientes do que as pessoas ou as máquinas na identificação de bombas.

O general David H. Petraeus, comandante das forças americanas no Afeganistão, disse, no ano passado, que o Exército precisava de mais cães. “As capacidades que eles têm não se assemelham às dos homens e das máquinas”, disse.

O major William Roberts, do Defense Departement's Military Working Dog Center, na base aérea do Texas, explicou que o cão utilizado no raid poderá ter procurado componentes explosivos e cheirado os puxadores das portas para detectar se alguém lhes tinha tocado. Com Saddam Hussein foi encontrado escondido num buraco estreito e escuro, no Iraque, a equipa do SEAL decidiram levar o cão no caso de bin Laden poder estar escondido numa divisão secreta construída no complexo habitacional onde foi morto. “Os cães são muito bons a detectar pessoas no interior das casas”, sublinha o mesmo oficial.

Outra das missões do cão seria a de capturar quem quer que tentasse fugir da casa nos primeiros momentos do ataque. Um Pastor Alemão ou um Malinois Belga corre duas vezes mais depressa do que uma pessoa. O sargento Kelly A. Myllot, responsável pela Base da Força Aérea de Langley, na Virgínia, considera que os cães são o meio ideal para capturar alguém que está a fugir sem ser necessário disparar na sua direcção. “Quando um cão vai atrás de um suspeito, ele está treinado para modê-lo e não o largar”, explicou.

Os cães podem também ser usados para controlar multidões, sobretudo no Médio Oriente. “Em alguns destes países, há uma aversão cultural aos cães”, refere o Major Roberts. “Os cães podem ser muito intimidatórios nessas situações”, acrescentou.

Fonte: Os Bichos